As riquezas de Melipilla
Dia de passear por duas vinhas de autor, em Melipilla, uma região de riquezas pouco conhecidas pelos turistas, mas que merece um dia inteiro do seu #enoroteiro. Duas dessas riquezas são: La Viña del Señor e Viñateros de Raíz, que de taça em taça eu vou te apresentar!
Veja os detalhes do passeio abaixo.
. Passeio com transporte exclusivo em van e acompanhado de guia bilíngue – português e espanhol
. Tour e degustação nas duas vinhas, e almoço de tapas espanholas
. Consulte o preço do passeio informando o período da sua viagem e número de pessoas
Dia de passear por duas vinhas de autor, em Melipilla. A comuna está a 1h20 de Santiago, pela rota 78 – a mesma estrada que nos leva até o litoral de Isla Negra; faz parte do vale de Maipo e está cercada pelas montanhas da Cordilheira da Costa. Melipilla é uma região de riquezas pouco conhecidas pelos turistas, mas que merece um dia inteiro do seu #enoroteiro. Duas dessas riquezas são: La Viña del Señor e Viñateros de Raíz, que de taça em taça eu vou te apresentar!
A primeira visita do dia é a La Viña del Señor. A vinha é fruto da tradição de uma família com raízes espanholas, que vive em torno da boa mesa e do cultivo das uvas.
Um pouco da história
Os Moure viviam no campo, na região da Galícia, e produziam os seus próprios alimentos e o seu vinho. O amor pela terra e pelo cultivo de uvas foi o que motivou Juan Luis Moure, o senhor da vinha, a ter o seu próprio vinhedo. O seu pai, Cándido Rodríguez Moure, chegou ao Chile em 1932 com apenas 22 anos, e passou para Juan Luis o valioso dom de cuidar da terra e elaborar vinhos. Em 1995 Juan Luis comprou um campo com 15 hectares de um amigo da família, e em 2012 realizou o seu sonho: plantou as suas primeiras uvas espanholas no fértil solo do vale de Maipo, na comuna de Melipilla.
O vinhedo de Melipilla está cercado pelas montanhas da Cordilheira da Costa e fica a 33 quilômetros de distância do litoral. Na região, as manhãs são frescas e úmidas, e as temperaturas são mais baixas que no centro caloroso do vale de Maipo. São apenas três hectares plantados aos pés de uma ladeira, e só de uvas tintas: tempranillo, monastrell, garnacha e cariñena. Os vinhos são orgânicos e a produção é pequena, de 20 mil garrafas ao ano.
Juan Luis comanda a vinha junto com sua filha Francesca Moure, que cuida das vendas, do marketing e da recepção dos turistas, e com a enóloga Francesca Noziglia, que realiza um primoroso trabalho, da terra até as taças.
As joias del Señor
Laureles: da deliciosa garnacha
Arminda: da famosa tempranillo
Miura: da cheirosa monastrell [ou mourvèdre]
Gran Tempranillo del Señor: tempranillo
Cas: mescla de cariñena com tempranillo
Camino de Santiago: rosé de tempranillo
Espíritu Ambar: da uva garnacha. O vinho nasceu da amizade com os vizinhos @vinaterosderaiz
O tour
Começa com um passeio pelas plantações em uma carruagem antiga – uma Brick francesa, ano 1915. Depois, o próprio Juan Luis, ou a Francesca, nos levam até as duas adegas e nos contam sobre todo o processo orgânico dos vinhos. Nas adegas, provamos as joias que ainda estão sendo fermentadas nas cubas de aço e as que estão descansando nas barricas de madeira.
Depois eles nos levam para o aconchegante espaço gourmet da casa, e ali a senhora Franca – uma italiana alegre e esposa do Juan Luis – nos recebe como se fôssemos amigos queridos. Em volta de uma grande mesa desfrutamos todos juntos dos vinhos Laureles, Arminda e Miura, acompanhados de boas e emocionantes histórias e “ricas” tapas espanholas.
Francesca, Juan Luis e Franca oferecem mais que um tour com degustação de vinhos: eles abrem as portas da bela casa onde moram com os filhos, netos e cachorros, e proporcionam aos turistas uma acolhedora experiência familiar, divertida, com raízes espanholas e com vivas tradições em torno da boa mesa.
Das raízes espanholas vamos para uma outra rica experiência em família, só que puramente chilena!
A Viñateros de Raíz brotou da parceria perfeita entre Sergio Hormazábal e Macarena Guzmán, que decidiram ter juntos uma vinha-jardim no quintal da casa onde moram com os seus dois filhos e quatro cachorros. O conceito de vinha-jardim reflete no cultivo sustentável de um vinhedo de menos de meio hectare, e o desafio de Maca e Sergio é dar vida a vinhos com sentido de lugar e que representem fielmente a sua origem.
Um pouco da história
Dessa vez, vou deixar que eles contem pessoalmente os motivos que os levaram a viver rodeados de árvores, colinas e parreiras, produzindo vinhos e afastados da grande Santiago.
As joias da família
Jardinero: uma mescla de cabernet sauvignon, syrah e malbec
Aureo: 100% syrah
Espíritu Ambar: garnacha
O tour
Na terraza da vinha, o casal Maca e Sergio nos recebe com uma alegre e simpática bienvenida. Logo, contam sobre a trajetória e o estilo de vida que escolheram. Em seguida, nos levam por um passeio pelo quintal da casa, onde também tem árvores de abacate, laranja e outras frutas que eles cultivam próximas das parreiras. Por perto passa um canal de água, o que é uma bondade da natureza e algo de sorte, já que a falta de chuva vem complicando a vida de muitos vinhateiros do vale de Maipo. Logo chegamos ao “portal mágico”: uma porta lúdica de madeira que fica na entrada das plantações. Ali, a Maca nos conta sobre o sonho de ter o portal – lindamente desenhado no rótulo do vinho Jardinero – e pede que a gente faça um desejo [para o universo ou para Baco, rs] quando passar por ele. Na calicata, ela fala da conexão com o terroir, como manejam o vinhedo, os tipos de solos e o que tentam expressar através dos vinhos que elaboram em escala humana. Conta ainda como cuidam das 1.400 parreiras sem a ajuda de nenhum funcionário, somente entre eles quatro.
Vamos das belezas da terra para as delícias da mesa, com os vinhos Jardinero e Aureo em perfeita harmonia com las cositas ricas que a Maca nos prepara, além de queijos produzidos na região. Ela apresenta as suas duas joias com a paixão de quem viu crescer cada cacho de uva e que, depois de um longo processo, agora estão prontas para serem derramadas nas nossas taças.
Depois, descemos alguns degraus e chegamos no “esconderijo do prazer”: a incrível adega subterrânea, onde estão guardados os vinhos produzidos pelo casal e os que eles trazem das andanças pelo Chile e pelo mundo. Ela é pequena, mas é perfeita: as paredes são de tijolos aparentes e rocha, tem pouca luz e algo de umidade no ar – condições ideais para conservar as joias “escondidas” ali. Nas nossas taças, o último brinde do dia é uma riqueza batizada de Espíritu Ambar: o feliz projeto que nasceu da amizade com @lavinadelsenorchile.
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