Hoje eu vim apresentar o carmérnère da vinha Montes, mais uma joia do vale de Colchagua, no setor de Apalta. Lembrando vocês #winelovers que a cada sexta-feira do mês de junho vou falar sobre um vinho que já tive a alegria de provar nas minhas andanças. Saibam que o meu propósito com essas postagens é incentivar vocês a provarem vinhos de diferentes vales, uvas e produtores, aí no Brasil ou comigo aqui no Chile! E a cada postagem vou repetir: é provando que vamos desenvolvendo o paladar para ele receber com carinho os novos sabores.
A uva carmérnère é a terceira uva tinta mais plantada no Chile, tem a sua origem na França, e o seu nome faz referência à cor carmim das suas folhas. É uma uva que precisa de um longo período para amadurecer e se adapta bem em climas quentes e secos. Os vinhos elaborados com a uva carmérnère, quando cultivada em condições ideais, são de cor carmim intenso, corpo generoso, com acidez e taninos médios e agradáveis. Assim como a pinot noir e a merlot, a carmérnère também é uma boa uva para quem está iniciando no mundo dos vinhos tintos.
O carmérnère da foto eu provei no @barrica94, um bar de vinhos e comida chilena que fica no Patio Bellavista, em Santiago. Já faz um tempo, foi antes da pandemia, mas o Montes Alpha é daqueles vinhos que a gente não esquece fácil e, quando lembramos, pensamos: uau, foi mesmo incrível! Em nariz é intenso, com notas de frutas maduras e adocicadas, especiarias como a pimenta-do-reino, e algo de chocolate amargo. Em boca ele também é intenso de corpo e sabor, mas os seus taninos redondos e a sua acidez média equilibram a sua intensidade.
Massas, queijos maduros e carnes com pouca gordura acompanham muito bem – amigos queridos também, como foi nesse dia!
Essa joia é do ano 2018 e descansou 12 meses em barricas de carvalho francês embaladas por cantos gregorianos. Um sonho de adega para um sonho de vinho!
Salud e até o próximo rótulo!